11/15/2009

Diz...


Amar, amar, amar...

O que é amar?

É não ser amado ou é ser amado nas sombras?

É ser livre e ser exaltado quando ignora tudo ao seu redor

E ser um criminoso quando diz que ainda precisa e continua amando

Sem sentir vergonha de si mesmo.

Ou...

Sentimento lascivo que perturba o corpo para desencadear a alma,

Sentimento intocável e cruel para os que amam

E comentem atrocidades irreversíveis

Selando o silêncio dos que sofrem por amor

E exaltando a voz dos que são apaixonados.

Então...

Grite, sorria, esperneia, viva, chore, abrace,

Lamenta, liberte-se, ignore, abra os olhos, odeia, ame.

Vá...

Procure um médico e perdoe-se a si mesmo

Perdoe quem ama e a quem te ama

Porque a solidão é um aconchego

Dos homens de pouca fé

Retardando as palavras não ditas com humildade.

E Diz...

Que ainda precisa,

Independente de qual for à necessidade

De algum modo a sinceridade salva e prejudica

Porque ninguém vive sem amor e sem amizade

Se não um dia o orgulho e o arrependimento te matarão

Quando não houver mais tempo

E o amanhã voltará contra si

E não saberá o que fazer

Por ser tão imaturo.

11/09/2009

Morrer ou não morrer de amor?



Amor...

Este sentimento abstrato que move legiões de pessoas a uma cólera constante de desejos insaciáveis e decifráveis. Será amor fraternal, será amor irreal ou os incríveis amores de Shakespeare, Lorde Byron ou os contos de Marquês de Sade?

Todos tentam explicar esta sentimentalidade em letras de músicas, poemas, sonetos, romances conforme viveram ou ainda muitos vivem, mas o amor de onde ele veio? Ele realmente existe ou fomos condicionados desde que nascemos a projetar este sentimento para vivermos entre pessoas e sermos racionais com a necessidade de amar, de precisar viver em conjunto conforme as leis criadas pelo Homem e viver conforme a regra neste mundo superficial que dizemos “Eu te amo!” para qualquer pessoa, afinal muitos amores não findam a estar juntos para sempre.

Morrer ou não morrer de amor?

Será que hoje existe muitos Romeus por aí que morreriam de amor por suas Julietas, ou então muitos Benedicks e Beatrices rendendo-se aos seus desejos e travar uma guerra de não aceitação e aceitação ou então uma mera convergência social e física produzido por nossas mentes.

O amor tem nome, endereço, telefone, trabalha, respirar, ele te enxergar, fala contigo face a face ou virtualmente? O amor pode ser uma pessoa de carne e osso, pode ser qualquer um que tenha coração e possa tocar e sentir a pele quente com um simples beijo ou um olhar perdido no meio da multidão e ser destacado apenas por admiração sem ser tocado como um objeto de desejo.

Creio que o amor seja apenas uma projeção de nossas mentes para convivermos com outras pessoas, nos associarmos em conjunto, mais uma de nossas necessidades casuais, se não nos amarmos a nós mesmo quem irá nos amar? O vento? E dizer: - Eu te amo! ou - Eu não te amo mais!

E assim sucessivamente.

11/02/2009

Eu ainda sou eu...

Eu....

Deveria me perder horas a fins

Tentando entender

Está solidão que tomou posse de mim.

Pergunto-me as razões de me sentir tão triste, ás vezes.

Pergunto-me se você está triste, ás vezes.

Pergunto-me ao tempo se um dia passará

Esta angustia que me cala, este silêncio que existe em mim?

São questões que não existem mais respostas

Não para mim.

Quando nós estamos vivos, todos aguardam por uma resposta.

Mas, eu... Não viverei por muito tempo

Não me resta tempo de esperar, só ver além...


Ainda...

Continuou correndo contra mim mesma

Isso me machuca, sangra-me às vezes.

E dizer adeus

É o único jeito para fugir de todos que amamos.


Sou eu..

Sinto o meu corpo incendiar,

Sinto o meu coração dilacerar,

Sinto o meu pulso latejar,

Sinto o meu sangue ferver,

Sinto a morte chegando.

E as mentiras são para abalar os tolos

E os desejos são ilusões a menos de um metro de distância

Ainda continua querendo.

E eu tento entender porque ainda tenho fé.

10/29/2009

Estômago

Estômago

- Será mais uma noite... Outra taça de vinho enquanto espero sua chegada como sempre atrasado.

Entre uma taça e outra se depara face a face com o seu reflexo naquele velho espelho que herdara de alguém.

-Quem? Não sei, talvez fosse de alguém importante, minha mãe? Não, acho que não.

Flexiona seu olhar caído sobre o seu reflexo, a procura de algo em seu rosto. Via outra pessoa no espelho que não era ela, um gole, segundo gole, mais outro gole até abrir um sorriso largo e triste.

- Quem sou eu? – perguntou sorrindo – Alguém a espera de outro alguém! O meu esposo, macho dominante da matilha e eu sou a única fêmea por aqui! Quando chega em casa, joga sua pasta no sofá, seu paletó Giorgio Armani, o que tanto esbanja entre os seus amigos mostrando o seu poder e caminha sobre a sala com seu olhar prepotente...

- Não!- disse o reflexo – Ele rasteja...

-Sim! Rasteja até o bar, pega seu uísque e vai até a varanda para dar uma apreciada na paisagem de prédios e mais prédios que ajudou a construir. Meu esposo!

- Dominante, sempre o dominante!- dizia o reflexo.

Olha novamente para o seu reflexo e da várias gargalhadas gostosas e diz - Estou conversando com o meu próprio reflexo. Perdi a razão! Ensandecida...

- Talvez esteja!- interrompeu o reflexo.

- Pare com isso!- gritou.

- Insana demente... Amante! Corrupta! Sua vagabunda... - dizia o reflexo repentinamente.

Enraivecida jogou a taça de vinho que se espatifou pelo banheiro, não paravam de cair cacos de vidros e várias gargalhadas perturbavam a sua mente ao redor quando via o seu próprio reflexo.

- Chega de vinho por hoje! Vamos de uísque do maridinho perfeito... Há esta hora ainda esteja com a outra, sim! A amante... Ah, eu poderia ter um, eu tenho um amante... Tenho dinheiro e posso ter tudo.

- Corrupta... Adultera – quanto mais olha seu reflexo partido em pedaços mais ouvia!- Insana, demente, corrupta...

- Chega de sermão! Não estou bêbada, é para pobre assalariado. Estou no glamour com o meu lindo Dolce e Gabbana... Deixa pra lá! Não me importo – jogou-se no sofá e começou a sorrir de alegria, desespero e chorou – Ele me beija como se fosse uma puta, como se fosse uma de suas putas! - Passou-se a se esfregar com suas próprias mãos... Tivera a impressão de ter visto algo e apertou-se firmemente e disse - Ele me ama como uma puta! Diz que me ama ironicamente, e retribuo com “eu também te amo” sarcasticamente, quando falo sinto ele me xingando em pensamento da mesma maneira como eu faço - Seu puto!

A porta abre lentamente, a luz do corredor tinha acabado de queima e o zelador não tinha sido informado. Alguém entra meio curioso e depara com uma mulher aos prantos jogada no sofá, olha com desprezo e caminha pelo apartamento, joga seu paletó Giorgio Armani e sua pasta sobre o sofá, foi até o bar, toma uma dose de uísque após de ver a bagunça no banheiro!

- Dia cheio querida? – perguntou como se fosse algo normal!

- Normal, como os outros dia de minha vida, querido – disse em tom irônico -A não pelo meu estômago!

- Eu te amo!

- Também te amo... Ainda temos tempo de ir naquela festa beneficente hoje? Mas antes tome o seu banho... Não quero sentir o cheiro...

- Sim, mas antes tome o seu banho primeiro, parece uma dessas... Está cheirando a perfume barato, para uma mulher de classe como você.

- Vou tomar algo para o meu estômago. Quer outra dose de uísque, meu bem?

A olhou com piedade em ver seu estado e a deixou completamente só.

Uma de minhas viagens.......

10/14/2009

Acaso


Tempo, qual o real significado sobre essa palavra “tempo”, o verdadeiro sentido que muitas pessoas usam para se afastar ou até mesmo fugir da realidade no qual convivemos no dia-a-dia, difícil de aceitar ou de encarar os fatos. Talvez por sermos ingênuos, egoísta, imaturos, puros, românticos e principalmente humanos dentro dessa esfera enigmática de incidentes, a essência da vida, porque nos retorcemos em torno de si mesmo, trazendo os ecos e vibrações enquanto caminhos vivos, como seres pensantes e conscientes de nossos atos perdoáveis e imperdoáveis a quem julga.

E então lhe vem o tempo, o nosso juiz, ele nos permite se tocar e passa próximo um do outro, chamamos de vida (pessoas), ela corre por estradas sinuosas, os seres se encontram em determinados pontos de suas caminhadas, se entrelaçam, se afastam, partem, retornam às origens e sempre haverá partida e também será o ponto de chegada ao inicio trazendo-nos a questão de retornar sempre, reencontrar-se e se renovar. Por quê? È física? Química? Matemática? Ou então as famosas leis da atração, existem várias opiniões e explicações sobre este fenômeno ou pode ser que o tempo circule dentro de nós, ao nosso redor como matéria e espírito que se encontram perfeitamente e por si só e não existe mais, uma linha reta traçada entre um único de início e um término do “acaso”, é quando não conseguimos mais suportar e queremos que pare.

Em seqüência um videoclipe interpretado pela cantora Aimee Mann, a grande parte da trilha sonora do filme Magnólia (1999) é composta por ela.



10/10/2009

Tempo

Deixe que os teus sonhos sejam ondas que se vão

serão ondas que se vão com o tempo
livres como o vento na metade do mar

e as horas passaram para te resgatar do seu medo
acredite que a vida é um tesouro sem igual e sem valor
dos bons tempos e novos tempos que virão...


Somos como a água do rio
e pelo caminho nos deixamos levar por ilusões
porque aprendemos que a vida
por todo o mal que há é algo bom que te dá um dia.


Por isso, me vou.

sempre a de querer mais e mais

e não soube o que fazer

e nem saberei o que fazer

sei que tudo o que queria
deixei tudo para traz

o que eu realmente queria.


E passo as horas fumando
ouvindo no vento a mesma música

aquela que lembra o primeiro beijo
porque o tempo que vale a cada instante
marca a batida do meu coração

quando a noite se aproxima.


E pouco a pouco esquecer
o tempo e sua velocidade

que nunca nos deram tempo.


Data: 10/10/2009

Fazia tempo que não escrevia algo, na verdade alguns meses..é bom escrever, renova a alma.

Este poema é dedicado a várias pessoas.

10/05/2009

Caminhando nas Nuvens com direito a Vinho!


Lá vou eu novamente fazer um post sobre outro filme, óbvio, para os eternos românticos e para quem degusta uma boa safra de vinho, ah, outra combinação para toccare il diapason. Quem não gosta desta sintonia de um bom requinte de amor e um bom vinho, eu gosto, ah, Dionísio.


Muitos sabem que o vinho está relacionado à mitologia grega devido ao significado do Festival de Dionísio em Atenas, uma comemoração do grande dilúvio com que Zeus (Júpiter) castigou o pecado da raça humana primitiva e apenas um único casal sobreviveu e concebeu a raça grega, uma nova civilização, parece até um trecho do Velho Testamento, capítulo 9 do Gênesis. Bom, sabemos que o vinho é uma constante alegria e um repousante sono, melhor ainda se for bem acompanhado com outra alguém, fora as propriedades curativas quando são aromatizados com ervas. Entre elas, o vinho aromatizado com arlequim teria “qualidades maravilhosas" tais como: restabelecer o apetite e as energias, exaltar a alma, embelezar a face, promover o crescimento dos cabelos, limpar os dentes e manter a pessoa jovem e sempre apaixonada, e maravilha, acho que preciso degustar mais um pouco...


Para combinar este clima meio europeu vamos com “Caminhando nas Nuvens” o filme se passa no final da Segunda Guerra Mundial, depois de quatro anos no campo de batalha, Paul Sutton (o fofo do Keanu Reeves) resolve voltar para casa e se estabelecer com sua esposa Betty( Debra Messing) que o obriga a vender chocolates(se eu encontra-se Keanu Reeves vendendo chocolate por aí, morreria feliz!), durante uma dessas viagens, conhece Victoria Aragon(belíssima Aitana Sánchez-Gijón) uma bela hispano-americana que tinha se apaixonado por um professor e como sempre a engravidou e não quis se casar com ela, desesperada conta toda sua estória e compadecido pela situação da jovem mamãe propõe a fingir que é seu marido, vai uma dose de vinho aqui e ali e amor na certa, acabam se apaixonando um pelo outro, e como todo romance tem suas complicações. Caminhando nas nuvens tem umas lindas fotografias do vinhedo, mostra a tradição e o sagrado Festival de Dionísio e muito vinho para dar água na boca.


Gênero: Drama/romance

Direção: Não citei no post, bom, é o mesmo diretor de Como Água para Chocolate - Afonso Arau

Elenco: Keanu Reeves, Anthony Quinn, Aitana Sanches-Gijon, Giancarlo Giannini e entre outros.

País/ Ano: EUA/1996

9/18/2009

Hienas e Porcos

Se eu pudesse roubar as loucuras dos homens

Deixaria de ser menos perversa despejando tudo em mim?

Sentiria-me bem?

Seria salvar deste sentimento ruim que domina o meu corpo,

E coroe a minha mente?


Não é fácil

Não é fácil pensar no que está acontecendo

È estranho de dizer

Mas eu estou matando o meu relicário aos poucos

Arranco com as garras e vou ferindo-o e despedaçando em pedaços

Despejando as hienas e porcos como se fosse resto de uma refeição

Junto com o brilho dos olhos

Já não existem mais quando eu...

Está morrendo? Está partindo?


Só sinto frieza e desprezo,

Algo que não queria sentir e estou sentindo

Então, vamos festejar com cortejos de alegria,

Faremos uma festa!

Melhor um banquete para as hienas e porcos!


- Era o que muitos queriam...


Sei que muito em breve

A virtude de esperar será recompensada

E estarei longe de tudo quando acontecer

E pintarei os muros de preto

E as palavras não morreram mais em mim

E nem serão desprezadas e sim merecidas.


Deixo claro, obejtivo que este texto não se refere a ninguém! Portanto, é apenas um texto.

9/10/2009

Depois daquele baile ao jeito mineiro


Como todos já sabem que eu realmente gosto de uma boa comida e de um bom filme, principalmente se eles têm um objetivo próprio a ser demonstrado, unindo uma boa estória e o estomago, (o meu ou o seu, tanto faz), mais que uma boa comida pode ser tanto apimentada, salgada ou até doce se não for muito exagerado, mas que gostamos de um bom prato, é verdade.


E desta vez é outro post gastronômico só que mais brasileirinho, quietinho, sossegado e bem calmo como os mineiros, sim, sobre as serras mineiras que mantiveram o Estado de Minas Gerais isolado, tanto na cultura como na culinária onde sofreu menos influências externas, fiéis ás raízes lusitanas, dos cozidos aos doces conventuais, humn... Deu vontade em certas partes, porque é um dos estados brasileiros que mais incorporou o porco ao cardápio, poderia ser vegetais e mais vegetais, mas, é porco e é tradicional da região, talvez pelo seu passado, foram às mesmas serras que propiciaram um refúgio aos judeus quando fugiram de Pernambuco após a retomada pelos portugueses, existe uma grande história por de traz para forma um dos cardápios deliciosos e não podemos esquecer o pão de queijo, a fraquezas de muitos.


E para combinar com a culinária do post todo tem um filme “Depois daquele baile” dirigido por Roberto Bontempo feito em Belo Horizonte, narra à vida de Dóris, viúva (interpretada por Irene Ravache) ela é uma especialista em culinária mineira e tem uma pensão para poucos clientes, entre eles Freitas (Lima Duarte) e Otávio (Marcos Caruso), o enredo é baseado num triângulo amorosos, cumplicidade entre os personagens que disputam o amor de Dóris, e um dos personagens propõem uma aposta informando que terão um mês para conquistar a viúva e quem vencer deixará o caminho livre para o outro, mas como tudo nessa vida não se joga limpo, ás vezes e no amor principalmente, os dois personagens na casa dos 60 passaram por altos e baixos, e no amor ñ existe idade e sempre a um vencedor.


Roteiro legal, grandes atores, trilha sonora perfeita, instrumental uma boa parte, claro só tem coroas no filme e músicas moderninhas não combinariam com o cenário magnífico. Uma boa dica de filme pra assistir no fim de semana a dois, se um souber fazer comida mineira seria muito bom, mas... Bom, recomendo.


Gênero: Comédia romântica

Direção: Já citei no meio do post

Elenco: também já citei no post, não precisa repetir de novo

País/ Ano: Brasil/2006

8/31/2009

Lars Von Trier


O Anticristo - Terror ou Terror Psicológico

Quem já assistiu os filmes de Lars Von Trier sabe perfeitamente que suas películas contemporâneas causa repulsa e paixão em medidas iguais e desiguais ao mesmo tempo causando polêmica a cada novo trabalho que o cineasta desenvolve a cada 2 anos e meio. Devido às críticas que li e ouvi sobre o seu recente filme “Anticristo” ser todo composto numa interpretação feminina e as cenas com mutilações, morte de uma criança, sexo explícito, o aborto de um animal e uma raposa falante, bem exagerado por ser Von Trier não pude perde a estréia e fui conferir nesta sexta-feira passada na última sessão.

Realmente ele adora “chocar”, uma palavra perfeita para determinar uma das intenções do filme, ele conseguiu realizar o que parecia, impossível, irrealizável no mundo cinematográfico, um torture-porn psicológico de arte. Ah, seria injusto extripar a produção de seus trunfos gore detalhando determinadas passagens, mas fica o aviso que a violência física e psicológica e o sexo são explícitos e fundem-se sempre que podem num terror psicológico da mente humano. Além da lindíssima abertura, câmera lenta e preto e branco – logo de inicio uma cena explícita de sexo e orgasmo que espantou a platéia de inicio - ao assombroso final, não há qualquer traço das restrições dogmáticas do passado de von Trier. Ele abraça aqui a necessidade do uso de todos os recursos cinematográficos para contar sua história - e chocar o público no processo.

Todos sabem que em seus filmes, ele retrata a questão do ser humano em si quando lidar com emoções, sentimentos, e este parecer mero sensacionalista e desviar inconscientemente o foco de algo para o mais interessante: a dor e entre outros fatos que corresponde ao contraste entre homem/mulher, natureza/homem/, sexo/religião e por ai vai e uma trilha sonora espetacular.
Todos sabem que Von Trier criou o longa quando passava por uma depressão profunda, como se fosse uma espécie de exorcismo terapêutico de uma depressão na qual se encontrava há dois anos, um teste de auto-infligido de sua capacidade de dirigir novamente. Seria mais do que isso, bem mais, o filme examina idéias e pesadelos de décadas do diretor ou o exemplar de O Anticristo, manifesto anti-cristianismo de Friedrich Nietzsche, novamente o grande excêntrico e coerente para pessoas intelectualmente, mas emocionalmente perturbadas, ainda bem que faz arte.

Von Trier é um gênio quando tenta falar sobre o “ser humano” e pdemos ver claramente em "Ondas do Destino", 1996 e "Dançando no Escuro" (2000), na opinião são poesias concretas que o cineasta conseguiu demonstrar a bondade do homem pode ser punida pelo homem de pouca fé ou os bons pagam por sua generosidade e aos inversos desta filosofia em Dogville e Manderlay.

Bom, em o Anticristo podemos perceber que a humanidade, onde tudo em que nós acreditamos sobre nós mesmos é essencialmente errado diante aos nossos olhos.

Elenco: o maravilhoso e charmoso Willen Dafoe e Charlotte Gainsbourg, pra quem não aconhece ela fez 21 Gramas e Noivas perfeita ou algo assim.

Ta ai a dica e degustem!

8/24/2009

Carson, criatividade sujas, rebeldes...

David Carson é um designer gráfico norte americano, conhecido pelo seu trabalho inovador em design de revistas. Foi diretor de arte da revista Ray Gun onde passou a chamar a atenção, sendo considerado hoje o pai da linguagem visual dita pós-moderna influenciando fortemente a geração presente, pós-anos 90.

Antes de se dedicar ao design, Carson era sociólogo e surfista, passou a ter gosto pelo design gráfico no fim dos anos 70, nessa época dividia seu tempo entre a atividade como docente em sociologia e o surfing, nesse meio termo fez um workshop de duas semanas e introduziu-se dentro do mundo do design. Tão fácil se tornar um design com workshop...

Dentro do seu repertório de seus trabalhos é utilizado uma ampla criatividade em tipografia, fantasiosas no contexto geral e outros recurso gráficos classificados como “sujos”, “rebeldes”, transgressores”, “repetitivos”, etc. A linguagem de Carson remete a um universo do design moderno pós–Guerra, ligado ao Dadaísmo, especificamente como Merz, um artista plástico, considerado um dos pais da Instalação com sua Merzbaus. Carson, na década de 90, estoura com seus outros projetos de menor porte, chefiando o desenvolvimento das páginas da revista lifestyle e a músical Beach Culture, considerada o ápice criativo de Carson. Com o seu estrondoso sucesso fez com que o designer privilegiasse e não a imposição de qualquer tipo de grid.



Caciques do mundo capitalista como os grandes monopólios como a Coca-Cola, Nike, AmEx, Citibank, e entre outros, eles tiveram suas identidades visuais reformuladas por ele, publicidade impressa e comerciais. Nos seus trabalhos para empresas ou nas páginas de revistas como a porto-riquenha “Surf in Rico” e a brasileira “Trip”, Carson recorre a um mosaico de inspiração que inclui música, grafite, pichações, a vida praiana e as suas inúmeras viagens. O mesmo informa que não pretende se aventurar no mundo da websfera porque acha que o webdesign perde muita força, fica confuso e não segue uma direção clara.


Enfim, foi que elaborou o encarte do album “ Fragile” da banda Nine inche Nails, mas em minha concepção o trabalho todo foi feito pelos vocalistas da banda, mas David Carson é David Carson e seus trabalhos por ser interessante nessas experimentações gráficas, não deixa de ser uma cópia ou característica da pseudo-pós-modernidade.


Para saber mais sobre o Designer degustem o site, tem umas criações legais com tipografia.

www.davidcarsondesign.com/


8/18/2009

Apenas queria...

Porque agimos com infantilidade, agressividade e dizemos coisas impensaveis em vez de conversa e resolver tudo, mas sempre tomamos decisões idiotas sem pensar e agirmos com puro egoísmo através de emoções? Confesso que fui egoista e faria questão de voltar no tempo e reparar, não para pedir desculpas e perdões porque não resolveriam nada, mas é uma maneira de redimir um ato impensável, feito por emoções inexplicáveis as quais nunca tinha sentido, porque quando resolvemos pensar em nós, mesmo que seja pela primeira vez em toda sua vida, e deixar de conter suas emoções e permitir que elas te domiem, deixar de ser submisso a vontade dos outros e arriscar em algo que acredita mesmo que não seja recíproco mas só de imaginar de não senteir aquela culpa na consciência de que nunca tentou em dizer ou arriscar; só que esquecemos de um pequeno detalhe, nós nos tornarmos egoísta e cegos, dizemos palavras sem pensar e sempre acabamos magoando quem amamos e a si mesmo por imprudência, e de uma certa maneira acaba obtendo raiva de você de si mesmo por ser um completo idioto, imaturo e egoista, esse é o pior castigo que alguém possa receber de quem realmente ama, sabendo que tem todo direito de não quere ver você, de não querer falar com você e fingir que você não existe, e concluimos que nossas atitudes acaba ferindo quem gostamos e sempre há uma conseqüência irrecuperável, mas é errado querer?


Talvez sim ou talvez não, depende de como vemos as coisas, porque neste momento sabemos quão realmente gostamos de alguém, nos importamos e é bom saber e doloroso porque doe, e é compreensível a atitude tomada, eu fiz o mesmo com raiva, e tomei as decisões mais imbecis, as quais me arrependo de ter dito, confesso que sou uma completa idiota que não pensa quando perde o controle e tenho consciência, se pudesse correria atrás e diria o quanto me arrependo, porque pela primeira vez me importo com alguém, com os meu s sentimentos, corro atrás e não canso de correr, e tento lutar sendo consciêncite, sempre desisti de tudo e de todos e nunca dava a mínima importância a quem em quizesse e sempre fazia as vontades dos outros.


Talvez seja um crime lutar por quem realmente queremos, gostar de alguém desde a primeira vez que viu, e saber que toda vez que a vê seu coração dilacera em uma infinita alegria percorrendo o seu corpo e não sabe o que fazer e corre e quando resolver enfrentar os seus medos e demônios, pensar em nossas emoções e fazer o que realmente queremos acabamos fazendo burradas imperdoáveis.


O tempo não é solução para nada e sim uma desculpa para fugir da realidade em vez de enfrentá-la e nos escondemos, nunca em minha vida me arrependi tanto do meu comportamento, e que devo pagar...


Só espero que um dia possa me perdoar e não sabe o quanto espero, como sempre esperei.



Deixo com vocês essa linda música..


8/16/2009

Identidade corporativa

Dentro do cinema e na música

Vivemos numa sociedade pós-industrial e moderna ou vice-versa e entendemos que uma banda musical ou uma produção cinematográfica requer uma identidade corporativa completa ou no caso uma identidade visual dentro de um universo chamado mídia.

Obviamente os primeiros cartazes produzidos anunciavam peças orquestrais por po
ssuir um vínculo com o conteúdo da música a ser executada e podemos observar essas características em aberturas de grandes shows, como os pôsteres, através de um tema subjetivo é determinado o layout da arte que é todo composto conforme a música e o filme proposto.

O cinema foi uma por
ta aberta para o design, contribuindo muito na década de 60 com a indústria fonográfica se expandido com exuberância as produções de discos, e embalagens cada vez mais potentes que suportavam e passavam cada vez mais o vínculo com a necessidade da música, assumindo uma identidade completa; imagens, tipográfica, ilustração, papelaria; tudo em função das idéias contidas no ritmo e melodias das letras compostas pelas bandas ou pelo roterista, se compreendermos essas idéias não se restringem ás letras utilizadas em si, mas elas englobam características subjetivas, são fragmentos perceptíveis no sentido auditivo.
Na verdade á audição não pressupões ordenação para a apreensão no todo, é um sentido menos dependente de interpretação racional. Se uma embalagem for bem elabora capta os fragmentos essenciais, é harmoniosa tanto para a percepção visual e auditiva.

Na década de 60 o mercado de encartes de LP´s, expandiu-se em grandes estúdios de design como o Push ìn Studio que tiveram grandes destaques por suas obras e saírem das tradicionais funcionalistas,
podemos comparar com umas das capas bem elaboradas de Milton Glaser para o álbum de Bob Dylan, a arte foi elabora através de uma releitura de um auto-retrato de Duchamp marcando o inicio da contracultura em ascensão marcando o ínicio em woodstock.

Como também podemos ver no filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, chocou a sociedade na época com sua violência temática. De modo incomum, na visão das pessoas, porém, a agressão nas formas visual e auditiva assustou as platéias em geral, com ou sem a mão de Dali, mas de certa forma, estavam irradiando uma realidade já um tanto nossa conhecida e um futuro sombrio para a humanidade, fora a música eletrônica, de Wendy Carlos, trilha sonora de Laranja Mecânica, foi um sucesso na época preconizando a linguagem, o canto, tornou-se a voz das máquinas assumindo o lugar das orquestrais sinfonias de Beethoven, uma identidade bem produzida por um design de som. O mesmo se segue com Christine F que tem a mesma a simbologia gráfica mas envolvendo o mundo dos viciados em drogas e a trilha sonora por David Bowie.

Pelo que me lembro na época devia ter uns 8 pra 9 anos quando a assisti ambos os filmes, foi uma explosão visual e sonora, ir
radiou a forma de eu ver o mundo e as pessoas. Se analisarmos as letras dos cartazes de Laranja Mecânica, se a olhamos com cuidado e rapidamente, tem uma leve aparência do tipo psicodélico, composto na capa do LP Rubber Soul (1966), no cartaz da animação Yellow Submarine (1968), The Beatles, entre tantos outros exemplos da época e atuais como a revista Rolling Stone.

Ocorre também com o encarte do disco “The Fragile” da banda Nine Inch Nails é um exemplo desta tendência com a criação do logo da banda quye foi desenhado por um dos membros do NIN, Trent Reznor, em conjunto com o diretor de arte Gary Talpes.

Se fomos ver a lógica disto tudo é a concepção gráfica de um álbum, uma revista, de um cartaz cinematográfico é um todo, uma identidade qque tem o conceito de traduzir o objetivo do autor, o que ele quer contribuir com a sociedade e mostrar ao consumidor sua missão, o destaque da identidade não é um conjunto de imagens em si, mas o seu significado composto e não algo feito por um programador, por solftwares ou quaisquer equipamentos.