4/21/2009

Vitus

c

Antes de assistir um filme que esteja passando nos cinemas evito ler as críticas, quaisquer que sejam boas ou ruins. Por quê? Dependendo do crítico ele pode ofuscar qualquer tipo de visão que você tenha sobre o filme, livro, banda ou então o que seja possível de se criticar, de alguma forma acaba te induzindo diretamente ou indiretamente nas suas percepções de alguma maneira que você mesmo não perceba.


Não vou me aprofundar nesse assunto sobre críticas, só vou fazer um leve comentário sobre o filme “Vitus” Dirigido por Fredi M. Murer e tendo no elenco o grandioso Bruno Ganz (em minha opinião fez uma ótima interpretação na película que reconstrói os últimos 12 dias de Hitle em - A Queda, em alemão: Der Untergang- 2004), e entre outros excelentes atores.



Vitus é um excelente filme, delicioso e cheio de bons atores, um perfeito filme para se assistir num final de tarde ou no fim de semana, não sou muito fã de dramas, principalmente quando se trata da vida real . Mas não nego quando é bem elaborado uma história escrita e dirigidoa por Fredi M. Murer que retrata a vida real do pianista prodígio Teo GHERORGHIU.


O enredo do filme retrata um garoto superdotado chamado Vitus, um talentoso pianista com apenas 12 anos de idade e seus pais antecipam um futuro brilhante e promissor para ele, mas, o pequeno gênio prefere brincar como qualquer outra criança de sua idade, principalmente com o seu excêntrico avô construindo planadores e entre esses engenhos dará a ele o controle da sua própria vida.


O filme transmite uma boa relação interpessoal, entre pais e filhos, saber até onde vai o seu limite e as opções que a vida lhe oferece, o roteiro é encantador, inteligente e de certa forma ensinará a você ver e perceber pequenas coisas no mundo que lhe fará diferenças boas ou ruins conforme a sua visão. Foi indicado há vários prêmios como Montreal World Film Festival 2006, AFI Fest e entre outros e como Melhor Filme de 2006 Suíço (Swiss Film Awards) e candidato ao Oscar de melhor filme estrangeiro.



Elenco: Bruno Ganz Fabrizio Borsani Teo Gheorghiu Julika Jenkins Urs Jucker

Direção: Fredi M. Murer

Produção: Christian Davi Christof Neracher

Fotografia: Pio Corradi

Trilha Sonora: Mario Beretta

4/05/2009

Design no Brasil


Desta vez vou fazer um breve comentário sobre o livro que estou lendo Design No Brasil por Lucy Niemeyer. A autora relata em grandes partes, através de pesquisas institucionais, jornais, e arquivos sobre o desenvolvimento na sociedade e as interpretações pessoais e ás vezes tendenciosas que ajudaram a construção do design.


Este livro é um dos primeiros da Série Design – umas das primeiras edições lançado no Brasil. Lucy em sua detalhada pesquisa nos traz algumas razões das nossas dificuldades de se ter um design que ande com as suas próprias pernas e sua identidade meio que incógnita, que nasça de um pensamento autóctone, reelaborando o amadurecimento do Design.


Às vezes eu até mesmo me perco nessa definição do design, me surgem questões sobre “o que é design”, “qual a função do design na sociedade e o seu verdadeiro papel social”, “quais as competências do design”, são perguntas existências para qualquer iniciante nessa carreira.


O interessante deste livro ele explica a função do verdadeiro Design dentro do Brasil e seu surgimento e alteração do nome da profissão para designer, como termo genérico pela Associação de Ensino de Designe do Brasil (AEnd-Br) Associação dos Designers Gráficos (ADG) em Julho de 1988 no V Encontro Nacional de Desenhista Industriais(ENDI).


Estou nos primórdios da profissão e nos primeiro capítulos do livro de Niemyer, uma leitura excelente que desvenda os segredos da profissão, o seu surgimento e as escolas começando pela Werkbund, a Bauhaus e a Hochschule für Gestalbung, em Ulm, Alemanha. Espero que apreciem o livro e os esclarecimentos sobre a crise existencial do designer na sociedade brasileiro no período de 30 anos desde a publicação do livro.