6/02/2009

Desnuda




Patético

Medroso

Covarde,


Desnuda teu corpo

Sacia a fome que tanto deseja

Presunçoso é o seu pensamento

em ouvir.


Ouvir o que?

Só de imaginar torna-se frágil

Das mais rosas.


Sente o medo da própria voz

Perde-se num turbilhão de palavras

Elas te devoram lentamente

E você não diz

- absolutamente nada.


Quieto, paciente

Sem pejo algum!


E há os lábios... Lábios

e, entre eles, dentro, dentes/

E logo a língua.


E o céu,

puro e intocável que a viva/


Saliva,

toca salgadamente

o seu medo.


Olhos,

lindos, claros na imensidão.

2 comentários:

Unknown disse...

vc é demais.....

r.l disse...

Obrigada mateus!