8/09/2008

Keila Alaver, artista conteporânea

(Keila Alaver- artista plástica contemporânea (1960)- Keila (1996) escultura em tamanho natural)

Quem sou eu?

Eu sou mulher, sou amante, amiga, companheira, irmã e filha do homem que me gerou e escravizou-me com seus desejos, soberania e possessão do meu corpo frágil e inocente. Sou filha da sociedade hipócrita, machista e moralista.
Eu sou a dama do verão e inverno, do dia e noite, sou senhora de um comportamento conservador justificado pelas leis do homem burguês, aqueles que me condenam e me desprezam pelos meus desejos ocultos, sombrios e envolventes trançados numa teia perigosa cujos expostos os meus pecados e minha feminilidade de donzela.
Eu sou moça fina e recatada, de olhos e cabelos negros moldados em couro, lábios rubros, carregada de doçura e tristeza num vazio alojado no meu relicário. Eu sou a sociedade, sou aqueles que acreditaram na minha postura de senhora, na minha força e pureza por ser filha de Adão e Eva... E impura por agir com vulgaridade contra a natureza.
Eu sou a menina dos olhos do pai e prostituta nos olhos de quem me observa, mas não nego a minha pele, cor, e nem a sua pele macia e tocável, tão desejável... Não desisto e nem resisto... Perco minha postura e consciência... O meu corpo reluta contra o que é certo, contra o amor. Pernas semi-abertas de mãos suadas que lutam contra si mesmas açoitando Vênus. O meu corpo lampeja de dor e estremece em êxtase.
Só faz hora, só se faz fila, faz fome, só se coça e se roça e só se vicia, nem desconfiam da minha primeira festa, a primeira fresta, o primeiro beijo, o primeiro corpo, o primeiro amor de uma mulher enjaulada em rótulos.
Eu sou mulher, eu sou você, eu sou todos nós! Eu sou cidadã brasileira do ano 1960 inicio de uma revolução constitucional. Criada na ditadura militar e vivida na libertação feminina, eu sou heterossexual, eu sou homossexual, eu sou bissexual... Eu sou Maria, Ana, Anne, Antônia, Beatriz, Carla... Eu sou todas as mulheres, eu sou Keila Alaver.

O texto basea-se em uma das obras da artista plástica contemporânea Keila Alaver (1970) é conhecido por desenvolve seus trabalhos em busca de discussões sobre as relações humanas do cotidiano do ponto de partida de seu trabalho e que, para isso, utiliza imagens fotográficas de arquivos pessoais ao longo de sua carreira e as famosas bonecas de panos tituladas como seu auto-retrato. E entre elas as suas principais questões são:

- A primeira delas é a presença de figura humana inserida em contextos sociais ou arquitetônicos.

- A segunda são os recortes (muitas vezes, indicados por estampas, volumes ou mídias diferentes), por meio dos quais a artista discute a fragilidade, a fragmentação das relações entre as pessoas ou a liberdade do corpo.

- E a terceira questão é a exploração dos limites da imagem bidimensional.

Entretanto, a artista mostra, em exposições, trabalhos feitos em serigrafia sobre placas transparentes de acrílico e de vidro (as placas possuem imagens diferentes e fracionais, que sobrepostas, criam objetos com cenas completas) entre as quais também a habilidade em fotografia contemporânea. O resultado é a criação de volumes e movimentos na conquista de um desmembramento bidimensional da fotografia, o que propõe uma maior identificação física entre o observador e a obra.

A sua última obra foi “Habitante” um trabalha exemplar, ultimamente a artista está trabalhando com uma linha de camisetas pintadas a mão com o brechó Juisi by Licquor. Este ano completaram 5 anos de vida tendo a frente os queridos Junior Guarniere e Simone Pokropp, que têm um acervo de 2.500 peçam e acessórios desde moda adulta e infantil, o atual projeto da artista chama-se Ai Ó (amo nomes simples e fáceis de guarda!)

BRECHÓ JUISI BY LICQUORAL. TIETÊ, 43 LJ. 06JARDINS(011) 3063 5766
Quando obtiver mais informações sobre a artista estarei postando.

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