1/08/2009

Revolução Feminina no Rock

Mulheres! Nós mulheres somos realmente intrigantes. Passamos anos e anos de lutas, desafios, conquistas, caminhos contraditórios e dolorosos e, ainda hoje, sempre nos levamos a um único questionamento sobre a tão sonhada liberdade sexual e igualdade entre os sexos.
Se compararmos tudo isso o feminismo é um movimento sócio-político que lutou pela igualdade das mulheres através de décadas em relação aos homens, foi definido como ideologia que objetiva a igualdade - ou o que seria mais simples- a igualdade, um conjunto de idéias, políticas, filosóficas e sociais que procuram promover os direitos e interesses das mulheres na
sociedade civil.

No entanto, o feminismo tem suas múltiplas formas e estão relacionados a desejo, política, cultura, música, uma verdadeira revolução após eclodir na década de 60 com o livro “O segundo sexo” de Simone de Beauvoir um livro extremamente bom, onde denúncia as raízes culturais e sociais da desigualdade sexual nas mentes feministas.

Bom, onde eu quero chegar com isto, seria a explicação do rock feminino dentro da sociedade começando nos miados de 50 e no fim da década de 60 para os anos 70 com as bandas já formadas por garotas potentes que eram consideradas incompatíveis com as guitarras, na verdade impossível de se imaginar na época do rock machista de ver uma mulher com atitudes e as poucas eram rebeldes e se arriscavam inexpressivas com o público. Admito, sou apaixonada por Janis Joplin e Suzi Quatro, cada uma com o seu estilo e dentro de seu tempo, foram as primeiras a desafiar o machismo no rock com sucesso despertando interesses em diversas garotas da época entres as quais estão Girlschool, Holy Moses, The Runaways (com as inesquecíveis Lita Ford e Joan Jett) e do aclamado e lendário Woodstock(1969),criando um grande legado de herança até o século 21.

Entretanto, as mulheres só ganhariam visibilidade a partir do movimento punk, eu diria que foi um movimento importante por permitir às mulheres ter voz de vez dentro do rock, revelando os ideais feministas da geração “Flower Power” na cena punk dos anos 70 que não era bem feminista, sua maior discussão era a estrada na oposição entre o virtuosismo das bandas de Hard Rock e rock progressivo e o caráter simples, direto e exposto do anarquismo punk.
E com o tempo nasce à cena nova-iorquina elevando os status de musa suprema a cantora e poetisa Patti Smith e a cena londrina viu a florescer dezenas de bandas, como The Slits, X-Ry Specs, o que era bom só vive no passado, X e Vice Squad e Siouxsie and tje Banshees, eu diria que o Dinho do Capita Inicial regravou todas as musicas deles porque são as únicas que fazem a banda ter sucesso hoje em dia.

A abertura promocional do movimento punk permitiu às mulheres lutarem por seu espaço no rock´n´roll, hard rock, metal, pop rock, alternativo e no chamado college rock, seriam Sonic Youth, Pretenders e Pixies, respectivamente de Kim Gordon, Chrissie Hynde e Kim Deal, mais uma vez as minhas favoritas The Runaways, obrigada Deus pelas garotas do The Donnas seguirem os bons exemplos, Blondie e outras bandas influentes dos anos 70 para o início dos 80, com Vixen.

Melhor ainda quando o movimento riot punk rock explodiu nos anos 90, na mesma época que o grunge, as novas bandas de garotas buscaram não apenas uma revolução musical, mas uma revolução feminista dentro do rock, mas que o Bikini Kill, extremamente feminista em suas letras. A mesma sintonia predominava no L7 no 7 Year Bitch, não de uma forma tão enfática mas, admirável. Ah, o Hole de Courtney Love nunca chegou a ser exatamente feminista, porém a temática estava sempre presente de uma forma ou outra, pelo seu célebre casamento a tornou-a ídolo mundial de garotas roqueiras. E lá no finalzinho surgia The Donnas (1997), olham elas de novo! De 2000 prá veio surgindo bandas femininas que seguem a essência do rock como Valentine, Las Juliettes, CCS, Goldfrap, Kittie.

Dê certo ponto talvez não seja exagerado dizer que a libertação da mulher tem sido a mais radical revolução entre as décadas e sim um marco que pode ter conseqüências profundas do que nós vivenciamos, podemos perceber agora com esta nova geração de inúmeras bandas de garotas existente no mundo, um fenômeno que a cada dia cresce e tudo devemos a nossa querida Boadicéia, primeira rainha celta, Betty Friedan, autora de A Mística Feminina (1963) e a nós garotas.

http://www.youtube.com/watch?v=mZxxhxjgnC0&feature=related

Um comentário:

Sangria disse...

Girls.. yeah!
*Girl Power
*Girls Rox
*Girls are the best thing ever...
Se Deus existe e criou mesmo o homem e a mulher.. na segunda tentativa ele acertou... rsrs
Materia bem legal..tema bem legal..bandas legais.. texto devidamente lido e comentado..ok?
Podia botar uns clipes, ai..neh.. Runaways, Donnas, L7...
Vida longa ao rock 'n' roll!
xoxo...